A maioria dos alimentos que estão ao nosso alcance nos nossos hipermercados têm publicidade que muitas vezes pode enganar o cliente sem que este se aperceba. Por vezes pensamos que estamos a comprar um bom produto e na verdade estamos a ser enganados pela indústria alimentar que apenas se importa em vender massivamente, sem se importar com a saúde do consumidor. Posto isto, torna-se muito útil saber interpretar os rótulos alimentares, pois assim temos a certeza daquilo que estamos a comprar.
Primeiras dúvidas que se colocam:
Que informação retirar? Para onde olho primeiro?
– A informação dada é por 100gr de produto e por porção de alimento.
– Na lista de ingredientes os componentes estão listados por ordem decrescente da quantidade em que se encontram no produto, ou seja, o ingrediente que vem em primeiro lugar na lista é o ingrediente em maior quantidade no produto em questão.
– Quando nos produtos encontramos a palavra LIGHT, quer dizer que houve uma redução do teor de um nutriente em ≥30% em relação ao produto original. ATENÇÃO, informação a reter. O nutriente não é especificado, ou seja, tanto podem ser os hidratos de carbono, como as proteínas ou outro nutriente qualquer. O facto de reduzir num nutriente pode querer dizer que aumentou as quantidades de outro. Este é um factor importante e muitas vezes enganador para quem não lê os rótulos alimentares.
– Quando nos produtos encontramos a palavra DIET, quer dizer que os alimentos são desenvolvidos para grupos da população que apresentam condições fisiológicas específicas. São isentos de um ou mais nutrientes, mais uma vez não nos diz qual o tipo de nutriente.
Que alimentos escolher?
– Quanto menor o rótulo, melhor o alimento. Os melhores alimentos não têm rótulo sequer.
– É importante evitar alimentos que possuem, no topo da lista, os açúcares nas suas variadas designações (açúcar, mel, xarope de glicose ou glicose-frutose ou açúcar invertido, dextrose, maltose, maltodextrina, sacarose, xarope de milho). Bem como as gorduras (óleo vegetal, óleo de palma, creme vegetal, etc.), particularmente quando consegue identificar o termo “hidrogenada”.
– Verificar não tanto a quantidade de calorias, mas sim a sua proveniência. Mais uma vez estar atento às gorduras totais, os açúcares, particularmente aos ‘hidratos de carbono dos quais açucares’, e o sal.
– Não se foque no que diz a embalagem, foque-se no rótulo alimentar
– Compare alimentos semelhantes e escolha os que têm menores quantidade de açúcar, gorduras trans e sal.
Estas são pequenas dicas que podem fazer a diferença na qualidade dos alimentos que traz para casa. Comece por fazer pequenas mudanças e vai ver que se irá sentir melhor.